Illah Van Oijen (HOL)



“The impossible”
Sócrates sabia que nada sabia. Eu sei o que não consigo fazer. Tocar a ponta do meu nariz com a minha língua. Contudo no mesmo espírito de Sócrates, eu não deixarei de tentar. No Festival AdA irei percorrer as ruas da cidade do Porto, pedindo aos cidadãos para me demonstrarem se conseguem fazer o que é impossível para mim. As minhas fotografias e as das pessoas que eu retratar, serão impressas no mesmo dia em cartazes pequenos e grandes a preto e branco e espalhados pela cidade. Assim, o público e o comum transeunte tornam-se participantes do festival também.
Informação pratica:
Pretendo levar a minha máquina e um pequeno estúdio portátil para as ruas do porto e instalar-me num espaço de grande movimento. Aí, pedirei aos cidadãos para posarem para mim tentando tocar com a língua no nariz. Estas imagens serão impressas numa zerox/laserjet preto e branco impressora e espalhadas pela cidade. Acompanhadas de um texto, provavelmente " i can't, can you?”, “ eu não consigo, você consegue?”. A ideia é incluir as ruas da cidade no festival fazendo dos transeuntes performers e simultaneamente devolver as imagens à cidade.

Michaela Depetris (ITL)



“Síndrome de Penélope”
A performance que apresento baseia-se nas noções de construção/destruição e repetição durante um tempo determinado e até à exaustão do performer.
Sendo assim num espaço seja ele interior ou exterior, irei usar 7 cafeteiras, com 7 pequenos camping gás, para marcar o tempo e irei fazer uma instalação com 40 cadeiras durante o tempo de um café subir numa cafeteira. Sendo assim a acção começa quando eu ponho ao lume a primeira cafeteira, durante o tempo de execução do café eu construo então a minha escultura de cadeiras. Após o café ter subido, desligo o gás, coloco outra cafeteira ao lume e desfaço a minha instalação de cadeiras, criando uma nova instalação. Esta operação de construção/destruição realizar-se-á ate que tenha café quentinho em todas as cafeteiras para servir ao público.
tempo social.
tempo externo.
tempo publico.
tempo domestico.
tempo racional.
a espera
a construção.
tempo interno.
tempo subjectivo.
tempo destrutivo.
Construir-deconstruir-construir-deconstruir-construir-deconstruir - uma e outra vez.

Anne Lienhardt & Mathilde Benignus (FR)


“Voyage / Viagem”
As memórias que guardas na mente com as experiências que ganhas numa viagem e as memórias que guardas das pessoas que conheceste. Será sobre encontro e separação, e como as relações com os outros podem ajudar ou não. A performance será realizada pelas ruas do Porto, num espírito de viagem, de navegação pelos pontos principais da cidade, à procura de novas pessoas com novas memórias e vivências pessoais. Queremos estar em interacção directa com o público, numa espécie de representação teatral e poética. Os materiais usados são simples retirados do quotidiano, pois trata-se de uma acção de experiências reais.
A duração será entre os 20/25 minutos.

Maria João Floxo (PT)




“A Máquina do Sexo”
Esta acção assemelhasse á linguagem de uma linha de montagem! O material utilizado é um conjunto de vários corpos femininos, não há limite. Cada corpo é uma peça fundamental para o funcionamento da máquina, cada um tem um movimento, um som e um posicionamento próprio. Todos juntos fazem uma massa, um corpo só em que todas as peças se encaixam!!!
O happening começa com um elemento só, a fazer o movimento devagar e o som baixo, entretanto entra outro corpo que tenta executar um movimento que encaixe com a outra mulher e lentamente o ritmo acelera, de seguida entra uma terceira peça que se entrelaça com quem já esta presente e assim sucessivamente vão criando a máquina que vai evoluindo de tamanho, rapidez de movimentos e altura de som. Até que chega a um limite e pum!!! Desfaz-se num esgotamento!!!
“the Sex Machine”
This action it’s similar to the language of a storage line!
The material used it’s a group of several women bodies, there is no limit.
Each body is a fundamental piece to the function of the machine, each one as it’s movement, a singular sound and position. All together they create a mass, a single body where every pieces feet together!!!
The happening starts with just an element, making a slow movement and producing a quiet sound, than another body enters and makes a movement that will feet with the other woman and slowly the rhythm increase; after enters a third piece that will interlace with the ones that were already there and so on, and like this they will create the machine that will grow in size, quickness of movements and volume of sound. Until it gets to a limit that pum!!!
It breaks up in a breakdown!!!Belittle in an exhaustion!!!

Otávio Luiz (BR)


“Débora de Castro”
Debora, será amarrada, “atada”! Um homem bonito bastante masculino, vai conduzila desde a Praça da Batalha e descem a rua 31 Janeiro até à estação São Bento. Ao chegar á estação ela será apedrejada pelo homem que a arrastou e aí termina a acção. Os elementos que serão atirados são cabacinhas que fazem parte das festas de Reis em Japaratuba –Sergipe- Brasil. Assim a acção põe em questão a violência de género, em conjunto com a cultura popular brasileira. Será uma performance acompanhada pela música de Chico Buarque “Geni”.

Viera Kucera (SUI)

“Screen test poems”
O projecto consiste em instalar-me com uma tela branca, nas ruas do Porto e fazer vídeo-retratos das pessoas que passam. Pedirei aos cidadãos para olharem para a minha câmara de vídeo por uns minutos e falarem comigo. Ao colocá-los diante de uma tela branca, estou a retira-los do seu contexto social, para que mais tarde eu e a própria pessoa ao vermos o vídeo, apenas nos concentremos na pessoa em si. Este trabalho retrata o poder da câmara de vídeo sobre as pessoas, o efeito que uma câmara tem quando está à nossa frente, os sentimentos das mesmas e o efeito do olhar directo. Durante o festival gostaria de mostrar os vídeo retratos, os que forem filmados nos primeiros dias. Uma janela num local do centro que fosse de passagem seria o ideal. Com a realização deste projecto, os cidadãos estarão directamente ligados ao processo de criação artística, participando directamente numa performance do festival.

Sirin Kocak (TUR)



“Baloons”
A performance parte do imaginário da autora com o uso de balões, alguns de hélio e outros de ar.
Em todo o mundo os balões têm uma conotação simbólica com a infância e o sonho, mas também com a liberdade. Na cidade do Porto, o tema tem um sentido próprio, por causa do balão de São João, que encerra em si a tradição de num pequeno balão de papel de ar quente, escrever um desejo que voara pelos céus até o balão arderão trabalho interactivo proposto irá por o costume de “pernas para o ar”, sendo que assim os balões de ar terão os nossos desejos e ficaram em terra connosco, enquanto que os nossos receios serão escritos nos de hélio para voarem para longe de nós.

Manuela São Simão (PT)



“Playing Artists”
“Produzir o máximo com o mínino”- esta é a “máxima” do projecto Extéril, cuja “versão light” serve de mote a esta acção performativa. O conceito de “autosuficiência artística” é também o ponto de partida do projecto Extéril que é assumido e enfatizado nesta acção. Playing Artists é a apresentação de um “kit-arte” no qual um grupo de 4 artistas torna possível a realização de uma exposição colectiva do seu trabalho, desde a montagem da estrutura da galeria/espaço de exposição, até à inauguração da exposição no final da acçãoperformativa, que terá duração
aproximada de 45 minutos. Os 4 artistas, ao mesmo tempo que criadores, são os construtores do espaço de exposição (estrutura de madeira), são os comissários de si mesmos, são os
art- handlers que montam a exposição, são os produtores e designers que tratam da imagem e divulgação, são os estafetas distribuidores de panfletos que tratam de distribuir os flyers pelo público anunciando a inauguração em seguida, são os garçons que carregam o champanhe e aperitivos durante a vernissage para os próprios amigos e convidados e finalmente são os críticos de si mesmos que realizam as visitas guiadas ao seu próprio trabalho. E no meio de todas estas actividades, uma “acção artística” parece ser mais uma “acção braçal” do que propriamente criativa…pergunta-se então: estarão eles a brincar?
Duração: aproximadamente 45 minutos
Intervenientes: Manuela São Simão, Teixeira Barbosa, Frederico Ferreira, João Pádua


Nuno Oliveira (PT)

Penso que a ideia deste trabalho vem de uma ideia de ecologia aposta à que muitas vezes se usa para se fazer politica (uso da estética publicitária), quando vi o filme de Al Gore “Uma verdade inconveniente” Nestas acções interessava-me entrar no conceito de ecologia, de uma maneira relacional, directa, ver a matéria no seu interior. A pergunto que faço é, como se pode ter preocupações ecológicas apenas com discursos racionais e humanistas sem que haja uma relação sensível de aproximação à matéria. Vamos tentar simular um acidente com o globo terrestre e ter emoções verdadeiras. Um não acidente perigoso.
O trabalho que se irá apresentar tentará por duas forças em jogo: por um lado o discurso político
muitas vezes generalista mas também positiva nas suas preocupações com o globo onde vivemos, e por outro lado uma coisa mais tonta; o choque do nosso corpo com a matéria. Pensamos criar um laboratório num espaço publico, em que se pretende investigar ao vivo a participação das pessoas, um espaço improvável, com estratégias engenhosas que coloquem as pessoas num diálogo e em acção, com a proposta. Utilidade/inutilidade, como um tempo inútil, disfuncional, pode parecer um tempo útil, que as pessoas saiam do pragmatismo associado ás suas rotinas e aos espaços que reconhecem, vivendo-os de outra maneira, quase normal e necessária. Criar uma interferência num espaço público povoado, percebendo os seus limites, jogar com o possível,
para fazer um impossível discreto, que só pode criar a suspeita.

Joanna Marquardt (POL)

Sem Titulo

Imagina que estás a passear na rua à noite, de repente um edifício atrai a tua atenção. É uma casa vulgar, consegues ver que dentro alguém está a ver televisão ou alguém está a fazer o jantar, etc. De repente, em toda a casa ao mesmo tempo a luz apaga-se e em todas as janelas aparecem imagens vídeos sobre outros sítios no mundo como por exemplo: uma rua com multidão no Sri Lanka acompanhada do som original desse mesmo sitio. Após 30 seg./1 minuto
a visão desaparece e voltas a uma vida vulgar, aquele edifício normal, etc. Após 5-7 min. A operação repete-se e verás imagens diferentes. O conceito consiste na apresentação de um vídeo (também em forma abstracta) relacionado com várias formas de vida por todo o mundo e apresentá-lo nas janelas das casas de forma a surpreender os transeuntes, para fazê-los relembrar que outras vidas noutros espaços existem em paralelo à nossa vida e que por vezes estas são tão diferentes das nossas.
Material: projectores multimédia, leitores de dvd/computador
Duração: 30m.